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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A folha que cai.


Que filhos estaremos criando para nosso mundo, afinal?

Não, a pergunta não está invertida. A questão é essa mesmo. Fala-se muito de "deixar um mundo melhor para nossos filhos", preservar o meio ambiente, parar o crescimento do buraco na camada de ozônio, etc. Preocupam-se com os objetos, e esquecem do sujeito, aquele que pratica as ações. Assim não adianta nada plantar bilhões de mudas de árvores se as gerações futuras não saberão preservá-las, ora. Sabe por quê elas não saberão? Porque apesar das escolas estarem inserindo em seus currículos as noções de preservação ambiental e etc., as bases verdadeiras e firmes - que vêm de casa - estão ausentes. E isso vale pra qualquer assunto, tanto na preservação do meio ambiente como na manutenção dos valores.
Valores. Palavra pequena no plural que está perdendo seu significado mais importante, esvaindo-se no meio da economia e das finanças. A nova geração está nascendo sem eles (ou com graves defeitos de fábrica nessa área). Jovens criados como robôs, programados para consumir, consumir, consumir de novo e depois descartar como se nada estivesse acontecendo. Como se nada fosse realmente importante. O conceito de "importante" e "essencial" dessa juventude é efêmero e volátil, e se estende à música, ao comportamento, aos (poucos) livros. Tudo é moda. Tudo é informação, não há conhecimento algum. Na música temos acordes simples, arranjos porcos, Pro Tools sem moderação, letras clichês e sucesso passageiro. Os jovens, fãs momentâneos dessas bandas, estão dispostos a seguir a próxima moda que vier no trem. As bandas vivem de imagem e não de talento. Não sabem o que é fazer sucesso com base em mais que um rostinho bonito. Os filmes e livros também viram moda por conta de sua simplicidade exagerada. Até os relacionamentos entre esses jovens são volúveis e descartáveis. Eles já não pensam. Nada fazem. Não refletem. São robôs, marionetes, sardinhas numa lata. Só que as sardinhas ainda têm seu óleo, seu pouco de personalidade. Eles não. Como teremos um mundo melhor com essas pessoas no comando?

É a vida. Caso contrário, não vai sobrar árvore, nem amor, nem mundo.


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