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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Do you like Bananas? {part. 01}

Breno estava indignado com o que via. Revoltado, eu diria. Enquanto seu pai, César, tentava explicar que as coisas tinham que seguir seu curso e que eles não deveriam interferir nas decisões dos outros, ele chorava e batia o pé. Queria por que queria aquele pontinho pra ele. Ele falou que seria o rei dos reis, caso concertasse aquele povo. Foi aí que César percebeu que já estava atrasado para o trabalho. Deu um beijo na testa do filho e pediu para que ele fosse contar a sua irmãzinha o que havia aprendido com ele naquela tarde. Breno feliz foi contar as novidades para Júlia, sua irmã. 

Júlia estava brincando com uma pequena boneca de pano, presente do natal passado. Aliás, seu primeiro natal em família, já que teve que passar o primeiro em um hospital. Ela era uma criancinha de pele clara e olhos profundos, pretos, que faziam uma combinação harmoniosa com a cor do seu cabelo que seguia até próximo ao queixo.

Breno chegou entusiasmado próximo de Júlia, e começou a conversar com a mesma. Ou melhor, começou a dialogar com os olhinhos da pequena Ju. 

"Sabe Ju, hoje o papai me mostrou um pequeno planetinha. Acredita que os habitantes são tão ignorantes a ponto de chamá-lo de Terra, sendo que a maior parte de sua constituição é água?" Júlia sequer deveria entender o que seu irmão estava tentando falar, mas continuou a encará-lo.  "Mas pense só, eles ainda acham que são os únicos a existirem em meio esta vasta criação." Continuou Breno. "Ora, ora. Alguns tentaram sair dessa prisão de paredes transparentes em que a maioria vivem, mas foram condenados à morte. Será que uma outra vida será suficiente para expandir todo o conhecimento desses raros? Espero que sim. A verdade é impactante, minha pequena. Imagina só para um povo que viveu sempre dentro de uma caverna escura ir de uma hora para a outra a um céu aberto, sem nuvens e em pleno verão... Eles com certeza ficariam cegos. Mas não aqueles cegos que estamos acostumados, sabe?! Ser cego não é ter a visão limitada por meio dos órgãos que deveriam o fazer. É se privar de enchergar. Não querer sentir, não aceitar. Você está me entendendo, Júlia?"

Júlia continuava a olhar para ele. Imóvel. Até que falou: "Macaco!" 

"Muito bem, muito bem! Vamos imaginar um planeta dominado por macacos. Só que.. Macacos não querem bananas, querem ouro, prata, riquezas. Macacos não querem amor, querem lucro. Macacos não gostam de florestas, árvores e da natureza em si. Esses macacos querem construções gigantescas, umas caindo sobre as outras. Acho que isso simboliza bem a mentalidade deles, querer estar sempre acima de tudo e de todos. Como isso é possível? Ah, eu também queria saber... São os mesmos, sim, eles são da mesma família. Eles não se importam, Ju. É uma coisinha chamada dinheiro que eles amam. Eles honram isso mais que qualquer coisa. Não andam mais sobre duas patas, andam sobre quatro rodas. Sabe, acho que eles sentem inveja dos elefantes... para onde eu olho vejo canhões apontados, prontos para guerras. Eles construíram muita coisa, mas não sabem aproveitar. Macaco não quer banana..."


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ensino de qualidade..

Quando falamos em ensino de qualidade logo nos vem à mente a imagem de uma sala de aula onde os professores administram "bem" as aulas de português, matemática ou qualquer outra disciplina que seja, e alunos com suas notas (boas ou regulares). Não que este pensamento seja algo errado ou ruim. O grande problema é quando os educadores "se prendem" a este universo de quatro paredes (nem sempre em todas as instituições temos esta estrutura física bem planejada), e esquecem que os alunos não precisam apenas daquilo, que eles vivem outras realidades.

Esta ideia de ensino de qualidade deveria visar a formação de cidadãos, pessoas bem instruídas, com senso ético e moral, deixando de lado as "decorebas" e tradicional método de ensino. Para tal precisamos de pessoas qualificadas e dispostas a lutar para esta realidade. Pessoas que acreditem em si e consigam despertar no outro o amor à sabedoria, de tal modo que não existam mais crianças, jovens, adultos ou quaisquer outro frequentando a escola apenas por "obrigação".

É necessário um incentivo por parte do governo também (no caso de escolas da rede pública de ensino) - como estrutura física adequada e remuneração ao trabalho do educador. Reconhecimento. Este, por sua vez, deve ter boa conduta e servir de exemplo. Acima de tudo devemos saber que educar é bem mais que transmissão de informações entre professor e aluno, é uma questão de consciência. E deve ser iniciada desde cedo pelos pais.


Nota: O blog passou uns dias desatualizado, tudo culpa das avaliações especiais (pois é, nerd também fica em recuperação), porém irei tentar postar algo todos os dias.

Ah, e gostaria de indicar o blog do Rodrigo Noah, um rapaz muito inteligente que conheci a pouco tempo. Crítico, poeta, músico, filósofo e DeMolay (haha, tinha que ser meu primo), esse é o Noah. Deixo aqui o link para quem quiser conferir, vale a pena. [http://umemverso.blogspot.com/].

E não poderia encerrar minha postagem de hoje sem citar aqueles EDUCADORES que fizeram/fazem a diferença em minha vida. Sandro Cocco, Luana Maia, Márcio Manoel, Darlan Dantas e Kelly Jamara à vocês meu "muito obrigada" e sinceros parabéns pelos professores que são.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Alguém sabe dizer o que é normal?


"Alguém sabe dizer o que é normal? Pode parecer tão natural. Ele manda em tudo, em todos, curte seu poder e deixa a esposa em casa pra brincar no treco de qualquer traveco em troca de prazer. Vai saber porquê. E a esposa anda malhada fez lipoescultura e a falta de cultura nunca foi problema, ela tem dinheiro
pra dar e vender, lê Paulo Coelho e seicho-no-ie. Vai saber porquê. E eles têm escravos disfarçados de assalariados, diariamente humilhados se levantam cedo, se arrumam apressados, têm hora marcada pra falar com Deus. Alguém sabe dizer o que é normal? Pode parecer tão natural. Ele guarda no HD fotos de crianças nuas, pra tirar um lazer, curte ver aquilo quando fica só. Ela conta os passos que dá no trajeto entre a terapia e a boca do pó e até pensa em adotar alguma criatura, pode ser uma criança ou um labrador, só depende da raça, depende é da cor que pintar primeiro. Ele faz como ninguém a cara de quem não sabe mentir pode admitir, pra ocupar o vazio da relação mas com uma condição: não quer dar banho, nem limpar merda o dia inteiro. Eles foram ver o show da Diana Krall que alguém falou que era genial, gritaram "uhuu" do camarote
enchendo a cara de Scotch. (...)"
[Cotidiano de um casal feliz - Jay Vaquer] 


 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sobre educação, educadores e educados.

Infelizmente vivemos em um mundo onde as pessoas não pensam, portanto, temos como consequência este mundo frio, monótono e que evolui a passos tão curtos. Estes seres são os que consideram o pensar como uma tarefa árdua e inútil, logo, não imaginam, não criam, não evoluem. São apenas "mais um”, pessoas comuns, que desempenham papéis comuns, como formigas (não desmerecendo as formigas) que passam o tempo todo a juntar bens para o "inverno", o problema é que às vezes o "inverno" chega antes do esperado e a troca dos bens pelos pensamentos se torna um prejuízo que custará muito caro na roda das encarnações.

Quando alcançado o ápice do luxo, o sucesso material, a maioria destes sente uma espécie de vazio interior, a falta de algo que não sabem o que é, alguns se entregam às drogas, outros ao álcool, alguns aos jogos, muitos à luxúria e vários se suicidam. A culpa é em grande parte, decorrente dos valores dos pais e educadores, os quais valorizam muito as teorias inúteis das ciências, os pais têm culpa nos seus mimos e os educadores em seu método avaliativo primitivo e inútil, ora, o mais simplório indivíduo analisando este método "prova", notaria que não passa de um teste de memória.

Será que nos julgam papagaios ou coisa parecida? Será que alguém em sã consciência e com um pouco de raciocínio lógico, pensa que a repetição de fórmulas prontas forma o caráter de alguém ou que ensina algo? Além disso, este método avaliativo pode ser burlado por "colas","decorebas", qual o prêmio destes criminosos? Concluem os estudos e ganham o papel de conclusão de lavagem cerebral, o qual é um selo de massificação do conhecimento vazio e inútil, comprovante da nossa Constituição gloriosa, de que "todos somos iguais", apenas robôs. Isto comprova que é mais fácil ter uma avaliação onde os comuns e ignóbeis "passem" e os verdadeiros estudantes talvez não "passem". É mais simples ter diplomados apedeutas, do que ter diplomados pensantes...

O que é dito quando perguntam a utilidade da escola? Dizem ser a formação de um cidadão consciente de seus valores. Realmente é, consciente de que é um ser submisso, que vive em uma falsa democracia e é considerado um verme, tanto que na escola é nomeado aluno (sem luz) e é submetido a uma hierarquia,que está também em entrelinhas,tanto que está lá concretamente, um degrau, onde os professores permanecem "mais altos" que os seres sem luz, demonstrando seu ridículo ar de superioridade e ignomínia, por acharem que ter um papel chamado diploma (pergaminho constitucional, este deveria ser o nome, que literalmente torna todos máquinas repetitivas do vazio acadêmico) têm alguma vantagem sobre os "vermes", outra forma de submissão é a chamada perseguição, o aluno que fala o que pensa e foge dos comuns, o que não torna-se um repetidor do que o ensino o força a repetir, é perseguido. A ditadura ainda não acabou, outro ponto importante é a infelicidade de termos professores por falta de opção, os quais fizeram este curso por terem empregos fáceis em sua cidade ou não terem muitos cursos a escolher...

Mais um questionamento é como alguém pode aprender algo dentro de uma prisão? Um local onde temos horários para entrar, horários para sair e temos o direito de ir e vir agredido, onde está a Constituição? Infelizmente ela só funciona quando convém aos grandes e poderosos dominadores da República (os empresários), ou será que ainda existe alguém que pense que quem governa são os três poderes (legislativo,judiciário e executivo), na verdade há três poderes que dominam: dinheiro, mídia e educação de baixa qualidade.
Mas há uma maneira de melhorarmos tudo. O segredo está na educação. Em uma educação que realmente fortaleça o caráter e faça com que as pessoas evoluam espiritualmente e aprendam a lidar com o mundo material em que vivemos, para que não percam suas encarnações com futilidades mundanas e sim, que aproveitem cada vida, fazendo o bem, evoluindo e auxiliando outros seres a evoluírem.

A escola ideal seria composta por pessoas evoluídas espiritualmente, talentosas e realmente interessadas em aprender e ensinar, tornar o mundo melhor, estes jamais poderiam receber pelo que ensinavam, todos ensinariam e aprenderiam com humildade. As aulas seriam dadas sem horários, durante todo o tempo. Neste local haveria respeito para com todos os seres vivos e o ensino seria realmente útil e livre de preconceitos, dogmas ou tradições.


“Os pássaros só voam quando estão fora de gaiolas...”

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A folha que cai.


Que filhos estaremos criando para nosso mundo, afinal?

Não, a pergunta não está invertida. A questão é essa mesmo. Fala-se muito de "deixar um mundo melhor para nossos filhos", preservar o meio ambiente, parar o crescimento do buraco na camada de ozônio, etc. Preocupam-se com os objetos, e esquecem do sujeito, aquele que pratica as ações. Assim não adianta nada plantar bilhões de mudas de árvores se as gerações futuras não saberão preservá-las, ora. Sabe por quê elas não saberão? Porque apesar das escolas estarem inserindo em seus currículos as noções de preservação ambiental e etc., as bases verdadeiras e firmes - que vêm de casa - estão ausentes. E isso vale pra qualquer assunto, tanto na preservação do meio ambiente como na manutenção dos valores.
Valores. Palavra pequena no plural que está perdendo seu significado mais importante, esvaindo-se no meio da economia e das finanças. A nova geração está nascendo sem eles (ou com graves defeitos de fábrica nessa área). Jovens criados como robôs, programados para consumir, consumir, consumir de novo e depois descartar como se nada estivesse acontecendo. Como se nada fosse realmente importante. O conceito de "importante" e "essencial" dessa juventude é efêmero e volátil, e se estende à música, ao comportamento, aos (poucos) livros. Tudo é moda. Tudo é informação, não há conhecimento algum. Na música temos acordes simples, arranjos porcos, Pro Tools sem moderação, letras clichês e sucesso passageiro. Os jovens, fãs momentâneos dessas bandas, estão dispostos a seguir a próxima moda que vier no trem. As bandas vivem de imagem e não de talento. Não sabem o que é fazer sucesso com base em mais que um rostinho bonito. Os filmes e livros também viram moda por conta de sua simplicidade exagerada. Até os relacionamentos entre esses jovens são volúveis e descartáveis. Eles já não pensam. Nada fazem. Não refletem. São robôs, marionetes, sardinhas numa lata. Só que as sardinhas ainda têm seu óleo, seu pouco de personalidade. Eles não. Como teremos um mundo melhor com essas pessoas no comando?

É a vida. Caso contrário, não vai sobrar árvore, nem amor, nem mundo.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Assassinos armados, uniformizados.


Uma noite fria. Gélida. Eis que no meio da escuridão, quando todos estavam dormindo em suas camas quentes e despreocupados, uma menininha assustada está a olhar para o teto. Sua aflição é visível. Mas o que tanto te preocupa, pequenina?


O vento parecia enfurecido, e ela podia sentir a aproximação de alguém. Diferente daquelas outras crianças, ela não poderia pegar seu cobertor e ir ao quarto dos pais, pedir para dormir no meio dos dois. Mas também ela nunca teria coragem tal para se levantar. O escuro te assustava.


Mais uma vez essa garotinha de olhos pretos e brilhantes, aflitos, se diferenciava das outras. Ela não tinha medo de monstros inimagináveis. Para seu total desespero seu medo era real. Vento. Barulho. Passos. Alguém estava subindo a escada de sua casa. Não poderia ser ninguém de sua família - ela morava com a avó que infelizmente usava uma cadeira de rodas, portanto estava impossibilitada de subir.


Mais barulhos. Suas mãos soavam frio. Poderiam ouvir seu coração bater forte à uma distância de quase um quilômetro, ela pensara. Ela queria gritar, mas seu esforço seria inútil. Se ela fingisse dormir? Inútil novamente.


Viu a porta abrir. Finalmente pode ver o principal motivo de seu medo. Tinha uma boa altura, e um sorriso brilhava em seus ´lábios. O nome do seu medo não era Bicho papão ou bruxas dos contos de fada, seu medo era o bicho homem. E para piorar a situação ele estava fardado. Com a visão embaçada ela notou duas letras brilhantes em seu peito: PM. Sigla que ela sabia muito bem o que significava: Para matar. 
"Se eles vêm com fogo em cima, é melhor sair da frente. Tanto faz, ninguém se importa se você é inocente. Com uma arma na mão eu boto fogo no país e não vai ter problema eu sei estou do lado da lei."
(Veraneio vascaína - Renato Russo e Flávio Lemos)
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Tentando ocupar minha mente com outra coisa que não seja política. Se bem que em nosso mundo tudo é política. Não de uma forma totalmente direta. Ah, vocês entenderam. Passei uns dias sem atualizar por causa da minha internet. E MIL AGRADECIMENTOS à Sandro Cocco, mais que um professor é um ídolo pra mim, obrigada não só pela indicação no blog mas também por todos os ensinamentos que você já me proporcionou. Quem quiser conferir o blog do mesmo, segue os links:  www.fisolofiafisolofica.blogspot.com  e www.cantodosplebeus.blogspot.com

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Muda voz de Deus.

As décadas passam e o mundo está cada vez mais desenvolvido, industrializado e tecnológico. Mas junto com essa evolução globalizada, o ser humano está regredindo cada vez mais. Hoje em dia você já tem uma formação estabilizada. Você nasce, cresce, estuda, consegue um emprego e trabalha para sobreviver. Trabalha ainda mais para poder comprar coisas inúteis parar sua vida inútil. Nossa geração não têm uma Guerra Mundial, nossa geração não tem jovens com ideologias, revoltados querendo mudar o mundo. As pessoas estão cada vez mais superficiais. As pessoas estão cada vez mais se confortando com o mínimo.

Após o fim da ditadura militar e o início da democracia, as pessoas não se importaram mais com nada. Acham que tudo está bom, e quando não acham, só reclamam, mas continuam vivendo suas vidinhas medíocres e obedecendo às ordens involuntariamente. Não há mais movimentos como o movimetnto anarco-punk dos anos 70. Ou uma onda revolucionária que resultou na queda do Muro de Berlim, no final dos anos 80. Elas não se importam com a realidade que está queimando em sua frente. Alienação ou futilidade?

Por que vocês acham que essas bandas toscas como Cine, Restart e coisas do gênero fazem tanto sucesso entre os jovens de hoje? Porque as letras são fúteis sem nenhum fundo, como eles. Porque basta ter um vocalista bonitinho (e tosco), uma música com um rítimo "animador" e cair na mídia para que faça sucesso. Mas a ridicularidade dessas bandas de hoje são apenas um reflexo de seus jovens ouvintes. Alienados e sem nenhum pensamento legal para passar aos outros.

Nós somos uma geração sem nenhum peso na história. Uma geração de pessoas fúteis e superficiais que sofrem lavagens cerebrais pela mídia atual. Você gasta dinheiro com todas aquelas baboserias inúteis, mas a real é que você não é nada do que consome, você é fruto de uma matéria orgânica podre, como todo o resto do mundo. As roupas de marca que você usa são só para disfarçar essa podridão. A publicidade e as propagandas que você vê naquele lixo de TV são feitas para que você trabalhe horas por dia para comprar aquelas porcarias que não mudarão em nada, só irão lhe trazer uma falsa imagem de luxo e riqueza. Pode ser meio hipocrisia da minha parte dizer isso, afinal de contas já gastei com muitas coisas inúteis, e isso é inevitável.

Ninguém mais corre atrás de nada. Só querem saber de seu trabalho chato para poderem comprar merdas fúteis, comer no McDonalds e passar a tarde vendo novelas idiotas ou programas retardados e inúteis como Big Brother. Essa é a tristeza do mundo capitalista globalizado, essa é a tristeza dos anos 2000.
 
"Dizem que a voz do povo é a voz de Deus... Céus, meu Deus é mudo."

sábado, 28 de agosto de 2010

Respeitável público...

Ah, começamos outra vez. O Circo precisa se 'renovar', buscar novos funcionários, e nada mais JUSTO, do que pedir aos seus espectadores para escolher os mesmos. Sim, o espectador, que vê cada número por ângulos exclusivos, no conforto de seu sofá, de sua televisão, e de seu controle remoto. Espectáculos totalmente televisionados, com cobertura fantástica. Por falar em Televisão, estamos prestes a viver uma invasão, uma envaginação, a entrada via osmótica, até os mais duros meios que se faça entrar, vem aí, o adorado, ovacionado, orquestrado, e cativante Horário Eleitoral Gratuito. Maldito! Tão agraciado pelos brasileiros, tão disputado por partidos e partidários, e de uma sinceridade, de uma verdade, e de uma pureza, que é de se impressionar, até mesmo quem é brasileiro. Quem não te conhece, que te compre. Literalmente, compre-o.

O tal Horário Político, é uma tormenta na vida do cidadão televiosado brasileiro. É aquele momento, que o Jornal Nacional é interrompido por cerca de meia hora, que a novela (a qual, transborda cultura) demora meia hora para começar. Díficil você encontrar, uma família, que quando vem aquela tela verde e amarelo, em letras brancas, e com uma voz 'a lá Lombardi', não faça algumas coisas, um tanto peliculiares.
_Filho! desliga essa tv - exclama a mãe.
- 30 minutos se passa -
_Filho, liga a tv pra ver se já começou a novela - exclama a mãe, novamente. Ou ainda, aqueles que primeiro, passam por TODOS, os canais de sua parabólica, do 01 ao 31, pra ver se não está passando outra coisa, que não seja o horário político. Óbvio que não estará passando outra coisa, está no Código Eleitoral, lei de número Nº 4.737, que deverá passar todos, no mesmo horário, e com o mesmo programa, variando em alguns casos, de região para região. Mas, apesar de tudo isso, há um grande erro, que nós cometemos, e não sabemos.

Suponhamos, e para isso foi feito, que o Horário Eleitoral Político Gratuito Obrigatório, seja para nós conhecer as propostas dos candidatos, analisar e selecionar entre as apresentadas, as 'melhores', e depois no dia 3 de outubro, saber em quem votar, partindo da propostas mostradas. Mas como que você vai votar, em alguém que você nem ao mesmo sabe, oque quer fazer na Câmara ou Senado, ou no seu respectivo Palácio? É um tanto complicado, votar sem saber noquê está votando. 

Brasileiro ainda tem que aprender a votar.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Alô, Brasil?


Por que nós cidadãoes brasileiros, pagadores de impostos, votantes ou não, estamos acomodados? A acomodação é sinal de passividade ou de opressão?
Se levarmos em conta que somos livres, e temos o direito reunião assegurados por Lei, porque então, estamos ‘de acordo’ com tudo o quê está acontecendo? Tenho certeza que a maioria dos cidadãoes brasileiros, não está de acordo com o quê vemos. Seja isso no âmbito político, ou em qualquer outro em prol de nossos ideais.
Tradicionalmente, cada indivíduo defende causas em benefício próprio, ou quando ele é comum aos outros, em benefício comum. É assim que fazemos com times de futebol, ou de outros esportes, que hipoteticamente são não mudam em nada a nossa vida, mas nem por isso deixamos de ir ao estádio, pintar a cara, ficar de pé, erguer bandeira, cantar e fazer passeatas. Futebol é uma ideologia. E se o futebol, independentemente do seu resultado, não afeta em nada a nossa vida. Ganhando, perdendo, empatando, continuamos iguais. E a política? Qual é o motivo de estarmos acomodados quanto a ela? Não é uma suposição, é real. Ela nos afeta, sim. É da política, suja e 'maquiavélica', de qualquer esfera, que são tomadas decisões importantes para a sociedade. E quem está realmente em desacordo com escândalos, falcatruas e afins, o quê faz? Acomoda-se. Ficamos indignados com aquilo que assistimos na TV, provavelmente esbravejamos em nossas casas e nada fazemos.
 Cadê o povo brasileiro? Que pintou a cara mobilizou-se e foi às ruas, dar as caras, pintadas ou não a favor das eleições diretas? Cadê esse mesmo povo, que foi às ruas, gritando ‘Abaixo a Ditadura’, e foi fortemente encurralado pela polícia, e mesmo assim não se calou? Quanto mais fazem coisas que nos indignam, mais somos passivos a isso.

    "Entramos em processo de Desordem e Regresso."

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Viva la revolución

Uma revolução só acontece quando: há uma quantidade de pessoas, descontentes com uma situação; há uma mudança brutal em parâmetros jamais imaginados/contestados; ou ambos juntos. A Revolução Industrial foi uma mudança brutal no comportamento manufatureiro, a Revolução Farroupilha foi um grande descontentamento dos gaúchos para com o governo, a Revolução Francesa foi um movimento dos opositores ao Feudalismo, Absolutismo e Clerezia, a Revolução Russa aconteceu porque trabalhadores russos haviam super povoado os centros urbanos e estavam sendo explorados, e entre tantas outras revoluções, Chinesa, Cubana, Federalista do Rio Grande do Sul - todas tiveram um ideal seguido por alguns que aderiram ao movimento, revolucionário, a fim de tornar o ideal possível. Alguns obtiveram sucessos, outros não, mas todos tentaram.

Pois bem, se todos os revolucionários tiveram um ideal a ser seguido, ou uma situação a ser contestada, por que vivemos em profunda acomodação, contudo se temos motivos de sobras para ir contra ao que nós mesmos julgamos por errado, injusto e desleal?

Não dá para dizer com precisão os motivos, até mesmo porque todos variam de pessoa para pessoa, mas há uma seqüência lógica de possíveis motivos. O primeiro e talvez mais óbvio, é uma cadeia de motivos na verdade, é que nos esquecemos de viver socialmente e passamos a viver isolado interligados por fios e, por conseguinte abandonamos a parte intelectual e o espírito revolucionário. O segundo motivo possível, é que acreditamos que somos incapazes de mudar algo, esperamos que caia do céu a nossa salvação, e que somos meros coadjuvantes de um espetáculo que virá, e não é. E o terceiro, que vivemos para o dinheiro, vamos dormir e acordamos para ele, estamos criados neste meio, e se deixarmos de viver para ele, deixaremos de viver, não por vontade própria e sim por opressão da sociedade, capitalista. Até que haja uma profunda revolução, primeiramente interna e depois externa, continuaremos a viver em uma sociedade auto-hedionda, e acomodada.

"Nasce de você a revolução, sufocada atrás da inércia. Amplifique a forma de pensar..."
(Viva la revolución - ForFun)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Do horizonte extenso, nacional

Me enoja saber que na sociedade em que vivo, quem prevalece é o que já tem mais do que o necessário, ao invés do que realmente precisa. Na escola nos ensinam a saber compartilhar, aprender a respeitar, saber ser gentil e respeitar ao próximo, mas parece que o que predomina é exatamente o oposto. Pois é, o homem é feito de suas atitudes, não de suas falácias. Por que nos ensinam que devemos dividir e compartilhar com o próximo, quando na prática o que a pessoa mais deseja é o poder absoluto sobre algo ou alguém? Como Nietzsche diz, "Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder." Antes eu tinha esperanças de ver um mundo melhor, um mundo mais justo e igualitário, mas pelo que vejo, parece que está no sangue do homem a ganância e a inveja em relação ao outro. Tanto que se você um dia parar para refletir (coisa que dificilmente farão), onde tem mais compaixão e compartilhamento são nos lugares humildes. Favelas são um bom exemplo, o lugar é de uma infra-estrutura precária, realmente é perigoso, mas o ciclo de amizades e afinidades que são criados dentro das mesmas são enormes. Bom, onde quero chegar é o seguinte: Quando as pessoas mais precisam, são quando elas têm menos mãos estendidas para ajudá-las.

Hipocrisia, hipócritas e afins.

Segundo o Aurélio:

s.f. Vício que consiste em aparentar uma virtude, um sentimento que não se tem. / Fingimento, falsidade.

Em termos literais e chulos hipocrisia é: “você querer ser o que não é mentindo deliberadamente”.

O que me deixa indignada não é a hipocrisia em si, é como ela está posta a nós, e como reagimos perante a ela e tão quanto à proferição da mesma. E nesta classe adjacente incluo os pseudo-intelectuais, pessoas sem critérios, sem princípios, sem ética, sem moral e os hipócritas – que é o coletivo disto tudo - por sua vez.

Exemplos, em nossas graciosas terras não nos faltam. Políticos têm imensa predisposição a serem hipócritas. Não que todos sejam, e não que ninguém seja, e não que nós mesmos não somos afinal a perfeição é algo utópico, mas não é dos casos esporádicos que quero falar.

Infelizmente, estamos acostumados a viver em uma sociedade hipócrita, medíocre e tudo que não se enquadra neste traço de personalidade, é tido como um louco, drogado, extremistas, terrorista e derivados.

Exemplos de hipocrisia? Não nos faltam. Ressalto aqui a lei sobre as drogas; sistema de cotas para negros. Constituição (e como essa constituição brasileira é hipócrita); armas de destruição em massa; e muitos outros motivos que não merecem ser pensado. E o pior de tudo é como nós reagimos quanto a elas: apáticos.

Mas um em especial me chama atenção...
O polêmico sistema de cotas para negros; além de você deixar subentendido que pessoas de origem negra – afros descentes, se não levo processo – não são tão capazes de obter bons resultados em faculdades e vestibulares, você retira daqueles que realmente merecem, independente da cor, a vaga. Sim, este discurso é padrão, mas o que me choca, é isso:

Emenda Constitucional Artigo 5º:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à prosperidade [...]


Resumindo, todos são iguais e recebem as mesmas oportunidades. Então por que há uma lei, dizendo inexplícitamente que pessoas de origem negra são inferiores aos de qualquer outra origem? Caso vossas senhorias não saibam, mas racismo de forma descarada, ou não, é crime.

Outro fato que me enfurece é a aceitação social da hipocrisia. Esta hipocrisia sem medidas, com a mediocridade, junto com pseudos intelectuais orgânicos, atrelado ao censo comum e a apatia provocada em nós, é uma reação combustiva que vive nos esgotos e nos lugares com maior putrefação e que vai dos métodos mais corrosivos nos afetar, até que, quando iremos contra este sadismo teremos o estereótipo de rebeldes – então que seja!



"Nada mais hipócrita que a eliminação da hipocrisia."
 (Friedrich Nietzsche)

Crise existencial

Não estou certa de nada. Eu sei quem eu era ontem (sei?) e posso imaginar quem serei amanhã, mas acho que hoje eu não sou nem um nem outro. Talvez seja as duas e ao mesmo tempo seja um terceiro alguém. Não sei como explicar, mas acho que talvez eu seja um milhão de pessoas sendo apenas eu mesma. Mas nunca sou ninguém. Sempre sou alguém, mesmo sendo diversos alguéns ao mesmo tempo que sou apenas um.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Defenestrando opiniões...

Opiniões são idéias pessoais que podem ou não agradar, e essas são as minhas.

A favor do aborto?
Sim. Melhor tirar uma vida precoce, do que ter uma criança desnutrida, sem educação, no crime, sem a atenção dos pais, etc...
Da eutánasia?
Sim e não. Se for comprovado que a pessoa é um 'vegetal' e não terá mais condições de vida, sou a favor. Caso ainda tenha condições de reverter a situação, não sou a favor.
Suícidio assistido?
Não.
Liberação da maconha?
No Brasil, não. Aqui com certeza não daria certo!
Liberação de outras drogas?
Não. Pelo mesmo motivo da anterior.
Proibição de alguma droga legalizada, como o cigarro ou o álcool?Se sim , qual?
Não. Odeio cigarro, mas acho que não tem mais como reverter.
Diminuição da maioridade penal?
Dependendo do crime, sim. Um adolescente com 14 anos já tem noção do que representa matar, roubar, etc...
Casamento gay?
Sim.
Cotas em faculdades?
Não. A constituição diz que todos somos iguais perante a lei, sigamos isso então!
Pena de morte?
Não.
Prisão perpétua?
Sim. Uma segunda chance pode até ser aplicada, mas se o crime voltar a se repetir, que fique pra sempre.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

F(util)idades






Diante dos fatos ocorridos hoje, decidi estrear o meu blog falando sobre futilidade, pessoas fúteis. Nada melhor que começar a falar das meninas fúteis. Estudar meninas fúteis. Defino meninas fúteis como aquelas que abrem mão da própria personalidade em nome de um grupo que nada lhes trará, que exige delas um comportamento bobo, do caso contrário elas podem ser vítimas desse comportamento. O materialismo é muito presente entre essas meninas para que elas possam mostrar através do que compraram ‘o poder (financeiro)’ que tem e que vão exercer sobre quem ‘pode menos’. O culto ao corpo também, é lei estar magra e se julgar gorda, e, se possível, usar roupas vulgares para que o corpo possa ser notado. Meninos para elas trazem status, simboliza um magnetismo pessoal grande, um domínio sobre o sexo oposto. Falar que ama convém, mas amar é muito difícil. Só quem tem personalidade ama sinceramente, e a falta de personalidade nelas limita muitas coisas, muito sentimentos, inclusive o amor. O conceito da vida dos outros é propriedade delas, elas tem o poder de julgamento, só elas conseguem perceber quem realmente é feliz. Como? Pelas roupas que a pessoa usa, pelo jeito que ela fala, pelo grau de autenticidade (deve ser pequeno) que ela tem, pelo carro do pai dela e o cabeleireiro da mãe. A fofoca é o idioma oficial. Perceba que se perguntar a elas que profissão pretendem seguir, lhes dirão uma profissão de status. Para elas não interessa vocação, elas não tem personalidade então não tem vocação, o que importa é que elas sejam admiradas pelo trabalho. E o objetivo real da vida delas, mesmo que não seja comentado, todas sabem, é passar a vida ‘enganando homens’ para um dia se sentirem uma mulher cobiçada que pode conseguir o que quiser através de ‘aventuras amorosas’. Se uma menina fútil pode mudar? Sim, se tiver sorte. Se acontecer algo bem forte que apague todo o rosa-choque que existe como lente entre seus olhos e o mundo. Pra ela ver que existem muitas coisas além de aparências, conveniências, status, popularidade e que ter, assumir e viver pela própria personalidade é o único jeito de encontrar o rumo certo pra própria vida. Por que as meninas fúteis são assim? Elas nascem assim? Acho que não. Existem muitos fatores para influenciar. A mídia é um bem forte. A educação, talvez. As amizades... Bom, é isso que eu penso sobre o assunto, vamos ver o que conseguirei daqui pra frente...